Após a alta repercussão da exposição digital na Av. Paulista, a ideia conquista as terras cariocas
Saímos da “praia do paulista” e fomos direto à praia carioca. Após a alta repercussão que rolou sobre a exposição digital no Shopping Cidade São Paulo, que contava com obras de oito artistas passando na Avenida Paulista, o Rio de Janeiro se interessou pela ideia. A empresa de mídias OOH, Alto Impacto, convidou o Dionisio Ateliê (nossa loja online) para fechar essa parceria a fim de realizar a mesma proposta: trazer mais dinamismo, respiro e cultura para a cidade. Desta vez, selecionamos outros oito artistas para iluminar o berço da Bossa Nova com seus trabalhos animados.
Os artistas selecionados que geralmente têm suas obras expostas em telas, sites e muros, agora também têm a oportunidade de divulgar seus trabalhos através doe um digital animado. Esta é uma oportunidade para dar visibilidade aos artistas brasileiros, além de ser um meio para garantir que os espaços ganhem mais DOSES DE ARTE.
Créditos: Tatiele Azeredo
Trazer um pouco de cor e vivacidade para as grandes avenidas é uma ótima forma de proporcionar respiro e garantir um momento de observação em meio às intensas rotinas. Além disso, acreditamos que a grande potência da arte se encontra no que acontece através dela, do lado de fora das telas, quadros e painéis, que é a experiência de poder trocar com as pessoas. Por isso, trazemos um pouco da história de cada artista e o contexto de suas obras, como uma oportunidade de mergulharmos em sua narrativa criativa e, ao conhecê-la, talvez, nos reconhecermos também – já que toda obra fala um pouco sobre o criador e suas experiências vividas. Abaixo, deixamos os descritivos de cada animação exposta no grande telão de Alto Impacto, no Rio de Janeiro, na região de Copacabana, para você conferir.
Créditos: Tatiele Azeredo
O Dionisio Ateliê está proporcionando apoio midiático aos artistas envolvidos neste projeto. A meta é apresentar, cada vez mais, esses artistas ao público, integrando as artes animadas ao cotidiano das pessoas. Além disso, o Ateliê busca encantar o público com produtos originais e estéticos e aproveitamos para dizer que alguns dos artistas que participaram deste projeto têm produtos disponíveis na loja.
ANANDA NAHU
Ananda Nahú é uma artista visual brasileira, graduada em Design Gráfico e Arte. Com mais de 14 anos de carreira, suas obras apresentam um forte estudo antropológico cultural do ser humano, resgatando a história da arte das mais diversas nacionalidades, transformando e atualizando antigas correntes de pensamentos para as necessidades artísticas da atualidade. A obra de Nahu se concentra na exploração das relações entre o indivíduo e a sociedade e trata sobre temas como identidade, pertencimento e memória coletiva. Sua pesquisa é voltada às dinâmicas sociais e narrativas históricas, traduzindo essas reflexões em suas obras de forma visceral e expressiva. Suas obras transmitem uma energia que provoca uma conexão emocional, convidando o público a refletir sobre as complexas interações entre passado, presente e futuro.
BRUNO BIG
Big é dono de uma forte identidade com uma linha marcante e espontânea. Carioca, nascido em 1980, se destaca por ser um artista multidisciplinar. Ao longo de anos de pesquisa conseguiu desenvolver sua linguagem e estilo próprio.
O coração é um símbolo recorrente no trabalho do artista, aparecendo em grafites, pinturas, painéis e até em esculturas. Nesta obra específica o coração brota a vida, similar a uma semente que cada um carrega dentro de si. Big defende que o coração também é um símbolo onde nascem as ideias, sentimentos e emoções fundamentais para a criatividade e o pensamento artístico.
ENIVO
Marcus Vinícius, conhecido como Enivo, nascido em Grajaú, São Paulo. Aos doze anos conheceu o spray e começou a fazer graffiti nas ruas da cidade. Este trabalho de Envio é um recorte de um graffiti feito durante uma residência artística em Michigan, nos Estados Unidos, no ano de 2023 no evento Artprize. O evento entrou em cena em 2009 e se estabeleceu imediatamente como um fenômeno cultural ao chamar a atenção de artistas e críticos de arte do mundo todo. Desde o início, o evento contou com votação pública, prêmios, multidões e muita discussão envolvente.
GABRIEL SIMONETTI
Gabriel é assistente de pintura de murais há mais de 8 anos e aproveitou a oportunidade para homenagear a união entre a equipe dos murais. Nesta obra, resgatou elementos que acompanham seu trabalho a alguns anos. A frase ‘Você vale Ouro’ está em alguns muros que pintou. Os personagens são uma homenagem aos assistentes de muralismo espalhados ao redor do mundo, que fazem ser possível a realização de pinturas em larga escala.
IRMÃOS CREDO
Irmãos Credo, artistas visuais de Trindade, Goiás são conhecidos por usar tons fortes e densos em suas obras, provocando sentimentos intrigantes nas pessoas. Também são muito conhecidos por conta dos elementos da cultura goiana presentes nas suas artes. Desta vez usam mais recursos e questões do pictórico, mesmo sendo uma tecnologia digital, apresenta o preto como cor, a criação de espaços que confundem os tempos de figura e fundo. Os signos flertam mais com as perguntas do que com as respostas – ponto característico em suas obras. Por meio das cores do tempo presente e sua alta saturação de cor dos trópicos, do centro-oeste, fazem um convite para reflexão.
KATRYN BEATY
Artista plástica, natural de São Paulo, teve sua jornada como artista iniciada em 2013, depois de ser diagnosticada com a doença de Crohn. Suas obras trazem uma mistura muito nítida entre traços mais característicos vindos da moda (sua graduação) e sua base de pesquisa: a junção entre o feminino, natureza e a religião. A obra “Flores de Oxalá” é uma celebração da força e transformação presentes na natureza, simbolizadas pela delicadeza e resistência das flores. A criação de Beaty fala sobre a essência da vida em todas as suas fases, destacando a capacidade inata da natureza, e do ser humano, de persistir e se transformar.
KUÊIO
Nascido e criado na Zona Norte de São Paulo, Kauê Fidelis, mais conhecido como Kuêio, começou a fazer graffiti aos doze anos, sempre afeito aos bichos.Neste trabalho, Kuêio retrata um costume muito comum dos motoqueiros nas quebradas paulistanas, como ele chama, “o grau!”. Mistura a cultura do “grau” dos motoqueiros trajados à caráter, brinca com o receio de se deparar com 2 caras numa moto e estabelece um momento de quebra do medo através deste personagem divertido e colorido, nativo da selva de pedra.
MARCELA CANTUÁRIA
Marcela Cantuária é artista carioca que vive e trabalha no Rio de Janeiro e parte de suas invenções advém de sua pesquisa sobre as lutas travadas por mulheres ao redor do mundo. Sua obra retrata a africana Ângela Maria Gomes. Sintetizando um pouco, Ângela foi capturada na região dos reinos de Uidá e Grande Popo (atual República do Benin) e trazida para a região de Minas Gerais como escravizada. Reconhecida como uma mulher liberta e uma das mais proeminentes participantes da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, manteve o vínculo com a matriz religiosa de sua terra natal sendo sacerdotisa do culto vodum, o que gerou a insatisfação da classe senhorial, sobretudo de homens brancos. Foi perseguida pela inquisição de por pessoas próximas, mas Ângela resistiu enquanto liderança religiosa, celebrando as divindades voduns ao lado de outras mulheres, além de ter sido coroada rainha do Rosário dos Pretos de Itabira do Campo mais uma vez, no final de sua vida.
Se você é do Rio e ficou curioso para ver as obras, elas estarão na Av. Nossa Senhora de Copacabana esquina com a Rua Santa Clara, uma das mais movimentadas da Zona Sul. A exposição deu início dia 11 e vai até dia 20 de novembro.
Se a arte acontece na conexão, ao entrar em contato com a criação de uma obra, podemos criar esse senso de coletivo compartilhado, ressignificar momentos, colorir nossos espaços. Se você se identificou com alguma delas, navegue em nosso Ateliê e encontre uma história, um momento, para chamar de seu.
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