O Typeface é a marca registrada de Sam Rodriguez. Esse estilo animal que pode ser caracterizado como mix-mídia rendeu diversos fãs e admiradores para o artista no mundo todo.
Samuel Rodriguez é nascido em San José, no México, mas viveu a vida toda na Califórnia. Seu trabalho está presente em museus, empresas, galerias, internet, publicações editoriais e espaços públicos. Ele também já participou de eventos citados aqui no blog como o Wall Therapy em 2014 e o POW WOW em 2013 e 2012.
O artista possui um trabalho bem diversificado, tendo produzido diversas séries como Remixed, Fractions e Typefaces. Nas duas primeiras, Rodriguez cria intervenções geométricas em retratos que recortam a pintura figurativa, dando um ar mais abstrato. Sua série mais conhecida é a Typefaces, que veremos mais a fundo no decorrer do post.
O trabalho de Sam Rodriguez reflete o hibridismo de sua identidade.
Ele mistura elementos da sua infância relacionada ao graffiti e elementos da sua formação acadêmica em fine arts. Esse mix-mídia é o que faz do seu trabalho algo tão incrível, atual e realista.
Rodriguez cresceu em uma comunidade latina nos Estados Unidos, tendo vivido uma experiência etno-cultural interessante onde não era considerado nem mexicano e nem americano.
Em meio a este cenário, Sam teve os primeiros contatos com o vandalismo, as tags de gangues das quais seus primos mais velhos faziam parte.
Ele diz que essas diferenças culturais vividas como alguém meio mexicano e meio americano foram elementos chave na sua arte, sendo a principal base e influência para o seu trabalho.
Voltando a falar da série “Typefaces”, ela reflete muito da identidade híbrida do artista abordando também a globalização.
A série exibe uma mixagem com retratos de pessoas e diferentes tipografias sobrepostas à estes retratos. Sam alterna entre letras e linguagens de todo o mundo, fazendo uma menção à cultura global, preocupando-se quase que exclusivamente com a estética da letra e não com o seu significado.
Rodriguez trabalha com diversos tipos de materiais, como telas de tecido e madeira, spray, tintas acrílicas e a óleo.
Nas palavras do próprio artista, o material usado para conceber uma arte está totalmente relacionado à sua própria época. Felizmente, na nossa época, tem-se acesso a todo tipo de material.
Ele ainda brinca com ao fazer a seguinte pergunta: “O que faria Picasso se ele tivesse acesso à uma HomeDepot (loja americana de materiais)?”
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