Impressão em 3D: Uma Forma de Arte Super Detalhista

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Uma das tecnologias mais interessantes que surgiram nos últimos tempos foi a da impressão em 3D. As impressoras 3D têm diversas funcionalidades, como trazer à vida protótipos e ajudar na fabricação de peças com estruturas complexas.

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Por conta dessa versatilidade na produção de moldes e peças, a utilização das impressoras 3D está ficando cada vez mais recorrente na indústria em geral.

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E quando falamos de arte, essa tecnologia também abre horizontes incríveis.

Um excelente exemplo vem do designer italiano Giuseppe Randazzo, do site Novastructura.

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Em 2009, Randazzo lançou uma série de esculturas digitais que retratavam cuidadosamente pedras e rochas numa superfície plana.

Essa obra se chama ‘Stone Fields’ (em português Campos Rochosos) e foi inspirada, em partes, por artes similares criadas pelo escultor inglês Richard Long.

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Essas imagens se espalharam pela web e muitas pessoas não acreditaram que elas foram criadas com um software ao invés de pinças (usadas para trabalho artesanal).

Esta “dúvida” sobre a origem das esculturas digitais atesta as habilidades de Randazzo!

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Avançando para 2014, finalmente a tecnologia se encontrou com a visão original do designer italiano.

Ele fez uma parceria com a Shapeways, uma empresa especializada em impressão 3D, para criar protótipos físicos do projeto ‘Stone Fields’.

Sobre esta parceria, Randazzo comenta:

“Quando comecei o projeto ‘Stone Fields’ em 2009, alguns arquivos em 3D foram produzidos a partir das malhas originais. A conversão foi um tanto quanto difícil, pois os modelos iniciais não foram criados com a impressão 3D em mente.

A manipulação de milhares de triângulos e a verificação de erros, tornam o processo bem complexo. Cada modelo tem 25cm x 25cm de largura e foi produzido pela Shapeways em poliamida. Após isso, eles foram pintados com aerógrafo.

Os detalhes das malhas originais são muito pequenos para serem impressos. Entretanto, apesar da pequena escala, esses protótipos dão uma ideia da complexidade das pedras artificiais.”

A obra de Rampazzo é apenas um case que mostra as possibilidades da impressão 3D dentro da arte. Existem diversos outros artistas que já trabalham com este recurso, entre eles o britânico Lee Griggs. Veja um pouco de sua obra abaixo:

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Porém, aqui no Brasil, o custo das impressoras 3D ainda é bem alto, o que dificulta muito a expansão da arte impressa em 3D.

Conversamos com o designer Lecco Tamura, que atualmente trabalha na Globo, mas que até 2013 foi sócio ao lado de Fábio da Protto Creative Solutions, uma empresa brasileira especializada em impressão 3D.

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Sobre a tecnologia, Lecco tece vários elogios:

“Desde 2008 quando tive contato com a tecnologia em uma feira de Máquinas e Equipamentos, fiquei muito impressionado com tudo aquilo. Parecia coisa de filme de ficção cientifica! Mas ao mesmo tempo, sentia que era um processo de produção que viria para ficar, o que realmente aconteceu.

É muito eficiente, preciso e prático na produção de peças simples ou complexas, seja para engenharia, arquitetura, design, arte, lazer, até medicina; barateando e otimizando projetos que levariam muito mais tempo para serem finalizados. Não existem grandes perdas de material, sendo assim um processo sem desperdícios e ecologicamente correto.”

Porém, ressalta que o maior empecilho para a expansão da tecnologia no país são os altos custos:

“Hoje a impressão 3D já esta presente em várias empresas de médio e grande porte, porém aqui no Brasil, infelizmente ainda temos cargas altíssimas de impostos para produtos de tecnologia.

Os equipamentos ainda não são acessíveis à todos os nichos de profissionais, pois demandam um grande investimento inicial assim como um custo de manutenção e compra de materiais, o que inviabiliza o processo para muitas aplicações.”

Torcemos para que a tecnologia fique mais acessível em um curto prazo, para que artistas brasileiros possam ser os novos Giuseppe Randazzo.

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