O artista David Rice tem na suas origens e na natureza sua maior inspiração. Sua exposição “Two Creeks” mistura o que animais selvagens com elementos criados pelo homem.
David nasceu em Aspen, na área rural do estado do Colorado, Estados Unidos. Ele passou sua infância e cresceu por lá, tendo vivido nas montanhas (famosas na região) até finalizar o colegial. Com isso, Rice criou uma conexão especial com esse ambiente.
E com base nesse vinculo, o artista desenvolveu uma série de ilustrações coloridas que mostram essa conexão que ele tem com sua terra natal.
O trabalho de David se foca em temas da natureza através de representações figurativas de animais. Na sua exposição “Two Creeks” (Dois Riachos), ele cria um link entre o mundo natural e coisas criados pelo homem.
“Two Creeks” é uma série de 9 pinturas em painel de acrílico sobre madeira, onde Rice coloca os animais selvagens juntamente com elementos que não são naturais.
Um elemento que está presente de forma recorrente são os tecidos, que aparecem na forma de roupas e mantos usados pelos animais, seja dobrados sobre as suas costas como se fossem cobertores, ou em formas mais sutis.
Na pintura “Odd Couple” (Casal Estranho), por exemplo, o artista coloca um urso em pé ao lado de um pronghorn (uma espécie de antílope americano). São animais nativos do Colorado que não se dão bem.
Nesse caso, os animais usam mantos com símbolos tribais. Rice dá características dos seres humanos ao ‘casal’, dando a entender que há um vínculo familiar entre eles e que ambos têm personalidade própria.
Em quadros mais simples como “Bear” (Urso) e “Owl” (Coruja), os padrões coloridos dos tecidos são divididos em formas simples, como listras abstratas de formas e cores diferentes que ‘interrompem’ a imagem.
Em uma entrevista recente, Rice compartilhou algumas de suas ideias: “O mundo natural é a minha maior inspiração. Como muita coisa que fiz no passado, esse trabalho continua a explorar temas da natureza através da personificação dos seus habitantes, introduzindo novos temas como segurança, nobreza e autoridade. O foco é a individualidade do animal, ao invés de agrupá-lo em uma espécie de grupo onde os membros não possuem diferenciação entre si.”