No último domingo (22/5) começou uma exposição sensacional no Instituto Tomie Ohtake. Estamos falando de “Picasso: mão erudita, olho selvagem” do gênio, do mestre, do incrível Pablo Picasso.
A exposição traz pinturas, desenhos e esculturas do gênio espanhol que pertenciam ao acervo pessoal do artista.
É possível afirmar que “Picasso: mão erudita, olho selvagem” apresenta algumas das obras preferidas de Picasso, que ficaram guardadas com ele durante toda a sua vida.
O público brasileiro poderá ver desde alguns dos seus primeiros auto retratos até obras do estilo que o consagrou, o Cubismo. Mas o mais interessante é que a exposição mostra várias fases de um dos maiores artistas da história da humanidade.
Um outro ponto alto da mostra que é bem interessante são as fotos exclusivas de Picasso tiradas durante o processo criativo de uma das suas principais obras “Guernica”, de 1937.
Então, pra celebrar mais uma iniciativa sensacional do Instituto Tomie Ohtake e também para homenagear um dos maiores artistas de todos os tempos, selecionamos as nossas 10 obras favoritas de Picasso.
Vale ressaltar que essa lista foi feita baseada puramente no nosso gosto pessoal. Não temos a menor pretensão de compararmos as obras ou as fases do mestre.
1. “As Senhoritas de Avignon” – 1907
2. “Guernica” – 1937
3. “Evocação – O funeral de Casagemas” – 1901
4. “O velho guitarrista cego” – 1903
5. “Dora Maar com Gato” – 1941
6. “Rapaz com cachimbo” – 1905
7. “Mulher sentada apoiada sobre os cotovelos” – 1939
8. “As três dançarinas” – 1925
9. “Portrait of Ambroise Vollard” – 1910
10. “Auto retrato” – 1907
Pra fechar, separamos um texto retirado direto do site do Instituto Tomie Ohtake, que dá mais detalhes sobre essa exposição sensacional. Olha só:
“Picasso: mão erudita, olho selvagem, com curadoria de Emilia Philippot, curadora também do Musée National Picasso-Paris, é composta por 153 peças, sendo a grande maioria inédita no Brasil, que traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos de produção. São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 pinturas, 42 desenhos, 20 esculturas e 20 gravuras –, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers realizados em parceria com Picasso. Completam a mostra 12 fotografias de autoria de Dora Maar, três de Pirre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus processos de realização. “Escolhemos aproveitar o caráter específico da coleção para esboçar um retrato do artista que questiona sua relação com a criação, entre fabricação e concepção, implantação e pensamento, mão e olho “, destaca Philippot.
Conforme afirma a curadora, a exposição fundamenta-se na relação especial mantida pelo artista com suas próprias obras. “Esta ligação íntima e pessoal, que irriga toda a produção de Picasso, transparece de forma diferente de acordo com os vários períodos: retratos íntimos da mãe do artista ou de seu primeiro filho, Paul, celebração apaixonada da sensualidade feminina de Maria-Thèrèse Walter, denúncias intransigentes dos males causados pelos conflitos contemporâneos, da Guerra Civil Espanhola ou da Ocupação da França pelas tropas alemãs”, destaca Philippot. Segundo a curadora, ainda, seja qual for o assunto abordado, por todos os lados se percebe, além das formas, as experiências vividas por Picasso. “ Os laços afetivos do amante, as dúvidas do homem, as alegrias do pai de família, os compromissos do cidadão: tudo se introduzia em sua arte”, completa.
A exposição brasileira sugere um percurso cronológico-temático em dez seções: O primeiro Picasso. Formação e influências (por volta de 1900); Picasso exorcista. As senhoritas de Avignon (processo da geometrização das formas); Picasso cubista. O violão (relação com a música); Picasso clássico. A máscara da antiguidade (a maternidade, o teatro e a dança); Picasso surrealista. As banhistas; Picasso engajado. Guernica (estudos da obra, fotos e foco na apresentação da tela em 1953 no Brasil/ 2ª Bienal de São Paulo); Picasso na resistência. Interiores e vanitas (processo de trabalho durante a guerra, vida doméstica e vaidades); Picasso múltiplo. A alegria da experimentação (da cerâmica ao fotograma); Picasso trabalhando. O Mistério Picasso (a magia de seu processo criativo na pintura); e O último Picasso. O triunfo do desejo (erotismo em todos seus estados).
A curadora francesa ressalta ainda que, neste percurso, dois projetos fotográficos de primeira ordem testemunham, respectivamente, a realização de Guernica (reportagem realizada por Dora Maar), e a experiência dos fotogramas realizados em parceria com André Villers.
Marcam também a mostra filmes que permitem ao espectador penetrar no coração da criação do trabalho do artista. Desta maneira, o Guernica de Alain Resnais e Robert Hessens (1949) revisita a obra do pintor através do olhar dos desastres da guerra. Dirigido por Henri-Georges Clouzot, em 1956, Le Mystère Picasso revela a extraordinária vitalidade de seu processo criativo. “
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Se você é um apaixonado por arte, não tem como perder! A exposição fica em cartaz até o dia 14 de Agosto no Instituto Tomie Ohtake, que fica na Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 – Pinheiros, em São Paulo.