As mini esculturas de Isaac Cordal, também conhecido como Cement Eclipses, expandem a imaginação de pedestres e fazem com que os espectadores façam uma reflexão sobre o comportamento da massa social e dos caminhos que o mundo moderno tomou.
Isaac Cordal é um artista espanhol que atualmente divide seu tempo residindo em Bruxelas, na Bélgica, e também em sua terra natal, a região da Galicia, na Espanha.
Sua arte é uma crítica à sociedade e busca chamar a atenção das pessoas para a relação pouco valorizada do ser humano com os problemas sociais e ecológicos da natureza.
Para tal, o artista se utiliza de um olhar crítico e irônico mostrando os efeitos colaterais da evolução do mundo globalizado.
Com uma delicadeza e um feeling absurdo, Cordal encaixa suas obras perfeitamente nos cenários mais adequados possíveis para que elas estejam contextualizados com a mensagem que há por traz das esculturas.
É como um toque genial de um diretor que orienta seus atores num palco de teatro.
Assim, os personagens são colocados em locais que abrem portas para outros mundos e as cenas se ampliam além de tarefas diárias do ser humano contemporâneo.
Suas criações trazem homens e mulheres suspensos e isolados em um movimento ou uma pose que podem ter diversos significados, mas sempre com um embasamento crítico.
As simpáticas figuras são facilmente absorvidas pelo espectador, muitas vezes gerando sorrisos e comentários engraçados.
Nos casos de críticas relacionadas ao meio ambiente, as esculturas costumam apresentar fragmentos em que a natureza ainda está presente. Porém, há uma atmosfera de luta pela vida, demonstrando que houve um processo de destruição da fauna.
A ideia que Cordal transpassa é que o verde que lá ficou lutou muito para permanecer vivo e conseguiu sobreviver corajosamente.
As mini esculturas apresentam personagens anônimos, são bem pequenas mesmo e, por vezes, chegam a ser precárias. Para se ter uma noção melhor do tamanho das obras, elas não passam da altura da sola dos sapatos de quem passa por elas nas ruas.
O conceito do artista envolve uma simbologia que contempla a demolição e a reconstrução de tudo que nos rodeia, chamando a atenção do absurdo que é a nossa existência da forma como ela é.
Cordal coloca seus personagens em diversas situações do nosso dia a dia.
Elas podem estar esperando um ônibus, aproveitando seu tempo de lazer, estar em um momento trágico como uma morte acidental, um funeral ou até as vésperas de um suicídio.
Você pode se deparar com as esculturas em calhas, no alto de prédios, em pontos de ônibus, no meio da rua, em poças d’água e em muitos outros lugares incomuns e improváveis.
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Nesses dois vídeos, dá pra ver o quão inusitado é o trabalho do artista e a habilidade enorme que ele possui de colocar e posicionar as esculturas nos lugares ideais para contextualizar o trabalho com a mensagem por trás dele.
Se você curtiu, vale a pena conferir também o perfil de Isaac Cordal no Facebook, no Instagram e ver os outros vídeos dele no Vimeo.