Recentemente, conhecemos um projeto muito legal chamado ZONA desenvolvido pelo fotógrafo Pol Kurucz e pelo coletivo Kolor Rio. Hoje, daremos destaque para a série de fotografias afro-feministas do grupo.
Pol Kurucz é um fotógrafo que nasceu em Budapeste e foi criado em Paris, na França. Após rodar o mundo, ele se estabeleceu no Rio de Janeiro, onde fundou o coletivo Kolor Rio, onde também trabalham Tamires Melo, Lara Ferro, Mary Cruz e Carolyna Araujo.
Juntamente com sua equipe, Kurucz criou o Projeto ZONA, em que foi diretor de arte, fotógrafo e cenógrafo.
Antes de falar sobre o ZONA em si, vale ressaltar a proposta do Kolor Rio, que é muito legal. Eles respiram a cena drag, as lutas sociais, a estética neo-brega do Brasil (e de outros países) para exalar séries de retratos satírico-teatrais que são simplesmente sensacionais!
O universo de cores, texturas, temas e poses do grupo flerta, briga e transporta ideias através de uma espécie de provocação que podemos definir como glam-trash, uma das marcas registradas de Pol Kurucz.
Apesar de trabalharem com um impacto visual imediato, o objetivo conceitual do coletivo é indireto. Eles utilizam uma combinação que mescla harmonia e desconforto para questionar tabus e o conceito de “normalidade” que existe na sociedade.
O projeto ZONA segue essa mesma linha e foi lançado em 2015. A ideia concebida pelo coletivo foi dividir as séries de fotos, formando “zonas” diferenciadas por temas e estilo.
A série mais recente, presta uma homenagem à mistura de duas forças marcantes: o feminismo e a cultura afro.
A simbologia por trás da mulher negra no Brasil representa uma figura que é refém tanto do racismo quanto da misoginia. Este “personagem da vida real” enfrenta diversas questões delicadas todos os dias, como abuso sexual, violência doméstica e policial, estereótipos culturais, desigualdade social, falta de cuidados com a saúde, etc. A mulher negra infelizmente ainda é sub-representada na política e na mídia.
Com base nisso, o Pol e o coletivo carioca trouxeram modelos, artistas, atores e drags do meio anarco-humanista da Cidade Maravilhosa para formar o elenco que participou dessa iniciativa tão interessante.
Uma curiosidade sobre o coletivo Kolor Rio é que, na realidade, ele foi criado por Kurucz na Hungria, em 2011.
Porém, anos depois, o fotógrafo reinventou-o já no Rio, em 2015. A partir daí, passou a incluir ensaios fotográficos autorais.
Neste ano de 2016, o grupo está trabalhando com novas zonas e temas como “a princesa consumista”, “mundo albinado”, “scato-Trump”, “música silenciosa”, entre outros.
Então, não deixe de acompanhar as fotos insanas de Pol Kurucz! Acompanhe o cara no Instagram e também através do Facebook do coletivo Kolor Rio.