O fotógrafo Pol Kurucz apresentou recentemente a sua nova série Poor Billionaires (Bilionários Pobres) em que traz à tona uma crítica social sensacional, mas que também possui um lado mais humano que tanta compreender universos tão opostos.
Para este projeto, Kurucz se baseou no fato de ricos e pobres viverem realidades completamente distantes e só terem ciência da vida do outro através de um prisma distorcido que aparecem em novelas e nas mídias sociais.
Um bom exemplo encontrado pelo fotógrafo para retratar isso é que um lixeiro provavelmente nunca dormirá em um hotel 5 estrelas, assim como “trabalho braçal” para um filhinho de papai talvez seja sinônimo de segurar uma raquete de tênis ou um taco de polo. O mesmo vale para as donas de casa que pertencem à “Classe A” da sociedade, cuja maior tarefa é evitar toda e qualquer tarefa.
Porém, por trás dessa crítica social feroz, existe um exercício de empatia. O fotógrafo propõe ao expectador que se coloque no lugar do outro, evidenciando assim os extremos que existem dentro da sociedade, tanto no lado mais rico quanto no mais pobre.
Assim, poderemos ver e entender melhor as diferentes realidades do nosso país e estaremos aptos a acabar com alguns preconceitos e reduzir a possibilidade de de que equívocos sejam cometidos.
Poor Billionaires faz com que os ricos sintam os medos que os pobres sentem (e vice versa). Aliás, podemos dizer que o medo (juntamente com o futebol) é a única coisa que une essas classes.
Nesta série, estamos diante de uma verdadeira neurose fértil brilhantemente explorada pelo fotógrafo através de um drama visual espetacular que ficou ainda mais evidenciado com a estética glam-trash presente nas fotografias de Kurucz.
Os cenários foram construídos no estúdio do coletivo Kolor, no Rio de Janeiro, e além de ter Pol Kurucz como fotógrafo e diretor de arte, contou ainda com a cenografia de Mary Cruz e Lara Ferro, o casting e styling de Tamires Melo e Carolyna Mello, a parte de beleza liderada por Andressa Pontes, a coordenação de Tamires Melo e a assistência técnica e iluminação de Gui Griebler e Lucas Stirling.