Antes tarde do que nunca, é o termo perfeito para explicar o por quê de só estarmos escrevendo este post agora sobre o projeto Yolocaust do artista alemão Shahak Shapira.
Para quem não sabe do que estamos falando, vamos contextualizar. Em janeiro de 2017, Shapira lançou um site chamado Yolocaust onde publicava fotografias de pessoas que visitaram o Memorial do Holocausto, em Berlim, e tiraram selfies e fotos diversas no local. Ele pegava essas imagens e as contextualizava com o período histórico tenebroso que inspirou o memorial.
O seu site teve mais de 2,5 milhões de acessos em poucas semanas e viralizou na internet, gerando uma profunda reflexão.
O Memorial do Holocausto não fornece um manual de conduta ou instrui seus visitantes sobre como se comportar lá, porém parece um tanto quanto óbvio que um lugar que foi construído para lembrar a morte de 6 milhões de judeus necessita e merece o bom senso das pessoas.
Com base nisso, Shahak Shapira resolveu expor a falta de respeito (ou de conhecimento sobre o que foi o Holocausto) de algumas das pessoas que visitaram o memorial e criou o Yolocaust.
Assim, ele transportou selfies, encontros de amigos, poses engraçadinhas, malabarismos, piadas e até movimentos clássicos da yoga para o cenário real de uma das épocas mais terríveis da história da humanidade. Essas fotografias “divertidas” ficaram contextualizadas em um dos cenários mais cruéis da 2ª Guerra Mundial.
O conceito do trabalho de Shapira é genial e o resultado final chega a ser chocante!
O site, que tem esse nome por misturar o termo “Yolo” (you only live once) com Holocaust, continua no ar, mas não apresenta mais as fotos. Ao invés disso, consta lá apenas uma carta muito interessante (em inglês) do artista. Vale a pena ler!
Para este post, nós separamos algumas das fotografias que Shahak Shapira montou… mas, se além do Yolocaust, você quiser conhecer mais sobre o trabalho do cara, acompanhe-o também no Facebook, Twitter e Instagram.