O “Globalismo” Surreal de Oscar Oiwa

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Oscar Oiwa é um artista brasileiro super talentoso, especializado em grandes painéis a óleo. Filho de pais japoneses, ele atualmente reside e trabalha em Nova York.

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Sua carreira começou a despontar no início da década de 90, quando participou da 21ª Bienal de Arte de São Paulo (1991). Também foi nesta época que Oscar deixou o Brasil para ir morar em Tóquio.

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Após passar 11 anos vivendo na capital japonesa, mudou-se para Nova York em 2002.

Neste meio tempo, conquistou reconhecimento internacional, sendo que hoje possui obras em acervos respeitadíssimos, como o The National Museum of Modern Art e o Museum of Comtemporaty Art, ambos em Tóquio, entre outros museus ao redor do mundo.

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O Brasil está em crise, mas com certeza não é o único país do mundo que se encontra nesta situação. A parte central dessa pintura (a serradeira e a porta de saída) tem o formato do prédio das Nações Unidas em Nova York. Já os pedaços de carne, têm o formato dos continentes prestes a serem cortados.

Seu trabalho também obteve um destaque especial do grande público em 2014, quando foi convidado para criar o poster oficial da Copa do Mundo da FIFA que aconteceu no Brasil.

O resultado é uma arte com elementos super brasileiros, representando perfeitamente a variedade e diversidade da nossa cultura, mas ao mesmo tempo mantendo a identidade e o estilo que o consagraram.

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Em suas criações, Oscar explora ao máximo o contraste entre a tecnologia e a natureza, brincando com o que é orgânico e com o que é mecânico.

São telas repletas de “milagres”, onde o possível e o impossível convivem harmonicamente, onde o absurdo e o inexplicável tornam-se plausíveis.

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Para quem acredita que há um tesouro escondido no fim do arco íris, Oscar deixa aqui uma boa dica.
Para quem acredita que há um tesouro escondido no fim do arco íris, Oscar deixa aqui uma boa dica.

O surrealismo de suas obras mescla um mundo apocalíptico, à beira da destruição, com elementos maravilhosos da natureza.

Assim podemos interpretar suas flores gigantescas que são belíssimas, mas ao mesmo tempo tão imponentes que podem parecer até ameaçadoras.

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É um verdadeiro exercício de reflexão sobre o mundo atual, retratando perfeitamente (e ao mesmo tempo de forma imperfeita) os impactos da globalização.

Aliás, Oscar é considerado um dos artistas mais brilhantes em registrar estas mudanças pela qual o nosso planeta vem passando. Suas obras nos fazerem refletir e “incomodam”, pois trazem à tona a cegueira que nos é imposta pela sociedade e como nós pactuamos com ela.

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Antes de morar em Nova York, o artista viveu por onze anos na parte norte da cidade de Tóquio, onde realizou essa pintura chamada “Paz e Guerra”. Por possuírem muitas fábricas bélicas, essa parte da cidade foi duramente castigada pelos bombardeios americanos durante a Segunda Guerra Mundial.

 

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São duas paisagens semelhantes, mas que representam uma situação totalmente antagônica.

No vídeo abaixo onde é possível ver um pouco do processo criativo de Oscar Oiwa. Aqui, ele mostra um pouco da sua inspiração para o trabalho e também o resultado final do poster que criou para o 47º Montreux Jazz Festival, em 2013.

 

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Mesmo sendo um artista com reconhecimento internacional, Oscar não esqueceu das suas origens.

Neste ano de 2015, ele voltou à FAU USP, onde cursou faculdade de arquitetura e urbanismo em 1983, para restaurar um painel que criou naquela época. O resultado ficou animal e vocês podem ver aqui:

 

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Enfim, Oscar Oiwa é um dos maiores nomes da arte brasileira atual e a gente aqui do Dionísio é super fã do trabalho dele. Vida longa ao rei do “globalismo” brasileiro.

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De acordo com o artista, a cidade onde ele reside é um gigantesco navio fantasma que se move sem direção durante a noite. A pintura foi feita à óleo e possui um tamanho colossal, tendo 7 metros de largura.

 

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Problemas com fronteiras existem em todo lugar. Aqui, Oscar retrata a tensão existente na fronteira dos Estados Unidos com o México. A linha amarela sobre o muro vigiado pelo drone tem a silhueta da fronteira entre os dois países, cortado pelo Rio Grande que, por sua vez, aparece na parte inferior da pintura, onde os mortos fazem a festa.

 

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E quem não gosta de um churrasquinho? Dentro dessa cena típica de um churrasco à moda americana no subúrdio de Nova York, os personagens representam as empresas americanas. Cada peça de carne tem o formato de um país diferente sendo cozido pelos capitalistas. O Mickey oferece um pedaço de carne para Betty como se dissesse: “Ei, quer um pedaço do Iraque?” Este contexto reflete o momento em que a pintura foi criada, bem na época do início da guerra americana no Iraque.

 

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Esta pintura se chama “Moon Light Barcelona”. Ela foi realizada após uma mostra coletiva que aconteceu na cidade que dá nome à obra. Aqui, Oscar retratou as casas dos seus amigos catalães e, ao fundo mais à direita, encontra-se a galeria onde foi realizada a mostra.

 

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Esta pintura é da série “Light Flower” e foi realizada no estúdio Oscar Oiwa em Nova York. As flores luminosas representam as explosões presentes no inconsciente do novaiorquino depois dos atentados de 11 de Setembro.

 

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Mais uma pintura da série “Light Flower”

 

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Obra realizada por encomenda para um Museu no interior da Japão, na cidade de Niigata. O artista passou uma semana visitando museus, prédios históricos e pontos de referência locais. Depois, passou duas semanas usando uma sala do museu como atelier. Cada navio representa uma época diferente da história local. O fantasma central tem o formato da mapa da província.

 

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Esta pintura foi feita à óleo e tem dimensões de 5,5 metros de largura e 2,3 metros de altura. Nas palavras do artista: “Já notou? Nas casas de gente rica há palmeiras e na dos pobres, bananeiras”

 

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Essa pintura é maluca. Faz parte do acervo do Museu de Arte Contemporanea de Hiroshima , cidade onde no passado lançaram a bomba atomica. São duas pinturas distintas, uma com 4 metros de largura e um outro de 1 metro de largura. Encaixando a pintura menor no centro da maior, forma uma nova pintura com 5 metros de largura, aparecendo uma arvore que cresce no meio do nada. A arvore representa o renascimento da cidade depois do desastre nuclear.
Esta obra faz parte do acervo do Museu de Arte Contemporânea de Hiroshima, cidade onde a bomba atômica foi lançada na Segunda Guerra Mundial. São duas pinturas distintas. Uma com 4 metros de largura e outro com 1 metro de largura. Encaixando a pintura menor no centro da maior, forma-se uma nova pintura com 5 metros de largura, onde aparece uma árvore que cresce no meio do nada. Esta árvore representa o renascimento da cidade depois do desastre nuclear.

 

Oscar realizou alguns projetos em pequenas ilhas no Oceano Pacifico de onde saiu a ideia dessa pintura. Visto assim, a pintura retrata uma típica ilha com um vilarejo de pescadores.
Oscar realizou alguns projetos em pequenas ilhas no Oceano Pacifico de onde saiu a ideia dessa pintura.
Visto assim, a pintura retrata uma típica ilha com um vilarejo de pescadores.

 

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Invertendo a pintura, a ilha se transforma em um barco visto por baixo d’água.

 

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O artista viaja bastante devido as suas mostras mundo afora . Aqui, cada barraquinha representa um país diferente. Temos uma barraquinha de macarrão japonês, uma de hot dog americano, outros do Vietnã, Turquia, México e, para completar o time, uma pastelaria de feira brasileira.

 

O “Globalismo” Surreal de Oscar Oiwa

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