As esculturas de Dongwook Lee são extremamente únicas, possuindo um tom bem perturbador, que incomoda os espectadores. E é justamente isso que amamos em sua arte.
A primeira impressão que vem à mente ao olharmos uma escultura do artista coreano Dongwook Lee é uma dúvida. Será que se trata de arte ou é algo relacionado à filmes de terror?
Essa dúvida é gerada devido ao fato de suas obras serem visualmente bizarra, mas poeticamente e horrorosamente maravilhosas.
O artista usa a forma humana das maneiras mais inusitadas possíveis. O curioso é que, magistralmente, ele coloca suas miniaturas surreais em situações do cotidiano, comuns no dia a dia de qualquer pessoa.
E é esse contraste entre o inusitado e o cotidiano real que mais chama a atenção e choca. É uma espécie de realidade sangrenta, que incomoda e é perturbadora.
Algumas de suas criações fazem analogias irônicas à medicina moderna como, por exemplo, quando Dongwook coloca várias cabeças dentro de cápsulas, ou mesmo um corpo espremido dentro de uma seringa.
O escultor coreano gosta de brincar e transitar entre o real e o surreal. Por isso, fica até difícil decifrar a mensagem por trás de suas obras.
Agora, uma coisa é fato. Seja pelo surrealismo ou pelo hiper realismo, é praticamente impossível não se chocar com o sangue, as tripas e o ar de violência.
O que falar de uma espada com sua empunhadura composta por cadáveres humanos ou um prato que parece estar cheio de mais corpos?
Os trabalhos de Dongwook Lee focam nas contradições que são fundamentalmente inerentes à existência humana e à vida.
As situações absurdas que ele coloca suas miniaturas bizarras são como um horror poético da nossa rotina.
É um cruzamento estranho da vida e da morte, da beleza e da crueldade, da civilização e da selvageria, da realidade e da fantasia.
Tudo isso desdobra-se em um mundo viajado onde as pessoas são abordadas por uma realidade fictícia e a gente simplesmente ama!